Existe alguma chance de recuperamos a mata atlântica?

Poder-se-ia recuperar de forma aceitável a longo prazo, mas não há o que se falar de qualquer projeto de prazo inferior à 50 anos. Muitas vezes por isso dito, há dificuldade da tomada desse projeto por uma instituição ou pessoa. Até mesmo porque não há um breakeven econômico. Pelo contrário, pela localização da mata atlântica no Brasil (Sudeste) houve sua degradação pelo bem econômico e social.
Por motivos coloniais, se fosse feita (por hipótese) a concentração da população no interior teríamos a degradação do cerrado, da caatinga e de regiões de nascentes de rios e recursos que nutrem a própria mata atlântica.
Posto isso, a possibilidade é tomar atitudes nessa ordem de prioridade:
1- Conter danos – é inadmissível o crescimento de residencias sendo construídas em áreas de mata, no Rio de Janeiro isso é alarmante.
2- CRIAR UM PROJETO DE ESTADO – visto os longos prazos de percepção dos resultados, isso não é papel de um profissional, mas um projeto de ESTADO. O que queremos ser ? para onde queremos ir?
3- Criar uma economia que dependa da mata – Exemplo: Antes da chegada da borracha sintética, os seringueiros preservavam a amazônia pois dela dependiam para produzir a borracha natural. O que começou o desmatamento da amazônia não foi a industria madeireira, mas sim a vinda da borracha sintética. Não confundamos causa com consequência.
Assim, falando de mata atlântica, o turismo e exploração de bens farmacológicos será essencial para sua proteção, e não se amarrar com correntes nas árvores ou criar reservas.
A dificuldade de achar respostas e engajamento se esvai se montarmos uma equipe multiprofissional, que não somente tenha amor pela mata mas entenda os números e indicadores podem ajudá-la a se manter de pé.

Analisando alguns mapas, percebi que a cobertura biomática natural do Brasil tem 6 biomas principais: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampas e Mata Atlântica. Este último cobre áreas no sul, sudeste, nordeste e centro-oeste do Brasil, pegando um pedaço meridional do Goiás. Algum fragmento ou outro pode ter sobrevivido à expansão do agronegócio e permanecido lá até hoje.

Existe mata atlântica em estados brasileiros que não são banhados pelo oceano homônimo. Na verdade, MG abriga cerca de 7% do bioma, que originalmente cobria 49% de sua área. Ela pode ser encontrada nos vales do Jequitinhonha e do Murici e na Serra da Mantiqueira.

Nem todo o território nacional é coberto pela Mata Atlântica. Há outros biomas, como a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia. Estima-se que ainda existam remanescentes 12,5% da Mata Atlântica original, o que em termos de território brasileiro, deve representar algo em torno de 10% da metade de seu território, ou seja, entre 5% a 7,5% do território nacional.
A Grande Reserva de Mata Atlântica é uma iniciativa de preservação que possui a maior área da Mata Atlântica, entre os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, sendo este, o último grande remanescente contínuo da Floresta. Existem grandes fragmentos não contínuos nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, porém, muito ameaçados pela expansão imobiliária.

Muito se fala da Floresta Amazônica, e com razão! Mas, infelizmente, nos esquecemos da quase extinta Mata Atlântica. Essa ocupava praticamente todo o território nacional, e seu declínio teve início com a nossa colonização. Primeiramente, pela extração do pau brasil e depois pela expansão dos engenhos de açúcar, e posteriormente pelas lavouras de café.
A Mata Atlântica é o mais extenso bioma brasileiro, presente do Sul ao Nordeste. Entretanto, atualmente, possui apenas 7% de sua floresta original.
Seu desmatamento está intimamente ligado a nossa expansão territorial, e ao crescente desenvolvimento urbano. No século XIX, ainda era possível encontrarmos remanescentes de Mata Atlântica em áreas urbanas. Hoje em dia, quase não existem mais.
Sua fauna e flora diversificada tem sido frequentemente ameaçada pela exploração predatória e capitalista . Se no passado perdemos grandes extensões de Mata Atlântica por conta do açúcar e do café, hoje a criação de gado é uma grande causa do seu desmatamento.
Podemos dizer que a mais antiga consequência que se tem notícia da diminuição da extensão da Mata Atlântica, é, principalmente, a mudança climática.
Pedro Dória, em seu livro 1565 — Enquanto o Brasil Nascia, cita que o clima no Rio de Janeiro (no período), era insuportávelmente quente para os padrões europeus. Entretanto, ao final da tarde, caia uma tempestade que durava em torno de três horas, que transformava as noites em frescas e amenas.
A outra grande consequência do desmatamento da Mata Atlântica é o número imenso de animais extintos, ou ameaçados de extinção, tais como: tamanduás Bandeira, jaguatirica, ararinha azul, muriqui, entre outros! Isso falando apenas da fauna. Da flora temos como maior exemplo o pau Brasil, que era árvore comum em todo nosso território, e hoje se tornou praticamente extinta.
Pela expansão do território tivemos o fim de uma imensa floresta. Hoje o Instituto SOS Mata Atlântica é um dos maiores responsáveis pela sua preservação, atuando junto as diversas esferas público e privado, no sentido de salvar o que ainda resta desse patrimônio ambiental.

Clima árido e seco. É de se esperar que fosse inóspito para os seres humanos que, logo estariam sujeitos a desidratação e insolação. Eu detestaria estar largado em um ambiente assim.

Em seu livro “Visões do Paraíso” o historiador Sérgio Buarque de Holanda se debruça sobre as motivações dos exploradores da época das grandes navegações, tentando entender como eles pensavam.
Nesta pesquisa ele encontrou algumas lendas e histórias medievais sobre como eram as terras desconhecidas, os monstros, as riquezas e pessoas que existiam por lá, mais ou menos como nossas histórias de ficção científica falavam de habitantes na lua antes de termos conhecimento suficiente para saber que eles não existiam.
Sua tese é de que devido à natureza desconhecida das novas terras, os navegadores flertavam com estes mitos e em alguns casos eram motivados por eles.
Uma história recorrente era a das mulheres guerreiras, tribos inteiras de mulheres sozinhas, só esperando os másculos desbravadores europeus chegarem para dominá-las.
Este não era um mito novo, o mundo grego já falava das amazonas, porém, este mito foi se reavivando com o tempo, na mesma época das navegações o escritor Garci Rodriguez Montalvo publicou um livro sobre a mítica ilha de Califórnia, domínio da Rainha Caláfia, onde abundavam riquezas e haviam apenas mulheres lindíssimas que viviam como amazonas e ostentavam armaduras de ouro.
Então quando os primeiros exploradores realizavam um primeiro avistamento e ficavam com a impressão de que determinado lugar era habitado apenas por mulheres, acreditavam ter encontrado alguma terra mítica das lendas.
Daí surgiram nomes como o do Rio Amazonas e da Califórnia, que durante algum tempo acreditaram ser uma ilha por conta do Golfo da Califórnia.

As amazonas eram uma tribo lendária da mitologia grega, composta exclusivamente de mulheres.
Embora provavelmente não tenham existido de fato, é possível que a lenda das amazonas tenha sido o produto do contato dos gregos antigos—cuja cultura era, de modo geral, extremamente machista—com alguns povos ditos bárbaros. Evidências arqueológicas sugerem que mulheres guerreiras eram relativamente comuns entre algumas sociedades do leste europeu, em particular os citas—até 25% dos túmulos citas identificados como sendo de guerreiros parecem conter corpos de mulheres, acompanhadas de armas e armaduras
.
Mas agora estou me desviando do assunto.
O nome “Amazonas” foi popularizado após os relatos do explorador espanhol Francisco de Orellana, que diziam que ele e sua tripulação haviam sido atacados por mulheres guerreiras. Com isto, o rio ficou conhecido como o “rio das amazonas” e, eventualmente, só “Rio Amazonas”.

Amazônia azul se refere à nada mais nada menos que nossa costa ( aquela que é pertencente ao Brasil).

Por causa dos recursos minerais, biológicos, fauna e flora ainda desconhecidos ou pouco pesquisados, além dos recursos hídricos, afinal de contas , o maior rio de agua doce no mundo é o Rio Amazonas.
Os franceses estão em cima da Amazônia, e o governo do Macron já sugeriu que a região deveria ser administrada por um grupo de países, uma afronta a nossa soberania.

O Brasil possui 6 boimas:
Cerrado
Amazônia
Caatinga
Mata Atlântica
Pantanal
Pampa