O que significa inflação?
inflação é o aumento generalizado de preços.
Então se o tomate aumentou 120%, isso não é inflação, por que o aumento não é generalizado. No máximo o tomate pode representar um acréscimo ínfimo nas contas da inflação. E o efeito dele é menor ainda, porque as pessoas evitam comprar ou acham substitutos para fazer suas saladas, como pepino, cenoura, rabanete, beterraba e outros.
E a inflação pode ser causada por escassez de mão de obra, de matérias primas ou insumos para várias áreas produtivas do país. A mão de obra fica cara e os insumos também. E isso implica em produtos mais caros para os consumidores.
Outra forma de fazer inflação é quando o governo gasta mais do que arrecada (estamos há 10 anos nessa condição), tem dificuldades de se financiar e é obrigado a fabricar e injetar dinheiro na economia, sem contrapartida de aumento da produção de bens. Os custos sobem de forma generalizada, penalizando os consumidores, principalmente os mais pobres, que não têm para onde correr. Geralmente eles usam uma parte significativa de seus ganhos em consumo e são completamente afetados. Ricos conseguem investir uma parte e auferem a correção da inflação mais um pouco de juros.
Uma coisa que pode afetar a inflação é a taxa de câmbio. Quanto mais o real perde valor ante o dólar, mais a inflação sobe, porque consumimos itens importados, como óleo diesel, gasolina, querosene de aviação, trigo (para produzir macarrão, pizza, biscoitos, pão, etc..), medicamentos, computadores, máquinas-ferramenta, fertilizantes, etc.. Os preços sobem de forma generalizada, porque esses itens atingem grandes setores da economia.
A inflação é o aumento da massa monetária em circulação na economia. O banco central(por exemplo) emite nova moeda aumentando a quantidade de dinheiro existente em determinado sistema econômico. Como consequência dessa diluição do poder de compra, podem aumentar os preços, como consequência da inflação inicial.
A inflação é muitas vezes utilizada pelos governos como forma de financiamento alternativa à subida de impostos. Enquanto subir impostos é muito impopular (visto que afeta o rendimento imediato das pessoas), a inflação é uma forma mais dissimulada de roubar as pessoas. A inflação é uma forma bastante mais injusta de tirar dinheiro às pessoas, visto que rouba poder de compra das poupanças – atuando como uma dupla tributação.
As pessoas são taxadas quando têm o rendimento e poupam o que sobra. Vem depois o governo e dilui o poder de compra dessas mesma poupança.
A inflação é um roubo literal a quem poupa no imediato, e um roubo encapotado a curto médio prazo a quem não tem poupança.
O governo não tem interesse em que se note a inflação e por isso lhe interessa que a inflação seja oficialmente confundida com o índice de preços no consumidor.
Não por coincidência, o índice de preços ao consumidor e o seu cálculo são completamente controlados pelo governo.
O governo define o cabaz de produtos que entram no cálculo, define a forma de cálculo do índice, e se o resultado não for conveniente, pode voltar a refazer as contas o número de vezes que for necessário, até ter o resultado que pretende.
Alguns exemplos clássicos de inflação são: o Império Romano, a Alemanha na década antes da Segunda Guerra mundial, o Zimbabue, o Brasil e mais recentemente, a Venezuela.